sexta-feira, 25 de julho de 2014

Eu queria ter amor

Eu queria ter amor o bastante para acabar com tudo isso. Amor por mim e por você. Amor que supra todas as nossas necessidades. Mas o amor não é assim. 
Eu queria ter um amor que me salve de tudo que tenta me matar. Mas o amor foge de mim, como se fosse eu que quisesse matá-lo. Não sei se ele tem medo ou eu sou medonha, mas ele foge mesmo assim, sem me deixar saber.
Eu queria ter um amor que não prometesse, um amor que só fizesse. Um amor que sai do peito, sai da boca, sai das mãos e do coração. Mas o meu amor só fica na minha mente e tem vezes que ele sai do estômago.
Eu queria um amor como uma flor, que quanto mais eu cuido, mais ele sobrevive e permanece ali, do meu lado para eu admirar e me sentir feliz. Mas todo o amor que tenho é uma borboleta, que é lindo enquanto dura, mas dura pouco e morre sem explicação.
Ás vezes acho que tenho amor. Ás vezes acho que quero amor. Ás vezes acho que não.
Fabi

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Qualquer um cara


Sim, você era grande coisa na minha vida. Não é com qualquer um que fico até as três da madrugada simplesmente falando de amor. Não é qualquer um que me deixa feliz só brincando com a minha cadeira. Não me sinto bem com qualquer um puxando os meus cachos Não é qualquer um que eu aguento falando sem parar sobre coisas que antes não me interessavam. Não é com qualquer um que eu fico observando o céu. Não é por causa de qualquer um que eu resistiria a um melhor amigo muito gato, mas muito gato mesmo, com direito a sorriso perfeito, bom papo, estilo geek sexy e o melhor perfume. Não é o livro preferido de qualquer cara que eu topo ler. Não é qualquer cara que eu gosto que aguento falando da paixão dele por outra menina. E por último, não é a qualquer cara que eu gosto que eu me obrigo a resistir. Pois, você não era qualquer um, qualquer cara, você era o meu amigo, com quem eu fazia tudo isso citado aí em cima. 
Agora você ainda é alguma grande coisa, mas não mais na minha vida, só na minha mente, uma grande borboleta verde; cinza e azul que sobrevoa minha memórias, pousa em minha mente de vez em quando e eu tenho que ficar espantando com o intuito que você vá e não volte nunca mais.
Fabi

Estes são biscoitos


Estes são biscoitos. Você pode até achar, se confundir ou querer que outra coisa seja um biscoito, mas não, isso são biscoitos. Pode querer forçar para uma coisa, que não é um biscoito, virar um  biscoito, mas não dá, ela nunca vai ser biscoito. Também pode tentar fazer com que um biscoito deixe de ser o que é, mas ele sempre vai ser um biscoito. Ele continuará sendo um biscoito mesmo quando você mastigá-lo, engoli-lo e digeri-lo, só não vai mais ser importante e deixará de merecer atenção.
Fabi

sábado, 5 de julho de 2014

Que chopp?



Te vi hoje. Você não me cumprimentou quando chegou e na hora de se despedir mal encostou sua bochecha na minha. E foi tão bom sentar bem perto de você, passar uma hora ouvindo a sua voz, olhando para a sua cara e não sentindo nada. Nem dor nem amor nem raiva nem tristeza nem felicidade nem vontade de perguntar se tá tudo bem contigo e como anda a vida. Foi tão bom conseguir respirar perto de ti, rir histericamente sem me lembrar que você estava sentado ali ao meu lado com cara de besta tomando um chopp. Você para mim é simplesmente nada agora. E só.
Fabi

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Cadê eu?


Dentro de um grupo vai ter sempre aquela pessoa com quem você se identifica mais, tem mais química. A única que consegue te entender e com quem você consegue ser totalmente verdadeiro sem medo de ser julgado. Aquela com quem você se sente seguro, quem te inspira a ser você mesmo. Vocês têm memórias e piadas internas, as pessoas de fora às vezes sentem ciúmes, estranham e tentam entender isso, mas também percebem que têm essa mesma relação com outra pessoa.
Dentro do nosso grupo, você era a minha pessoa...
Agora sumiu... 
Cadê eu?
Fabi