quarta-feira, 22 de abril de 2015

Meu manual da Depressão


Esses últimos quatro meses têm sido bem difíceis. Depois de anos, esse é o  meu primeiro sem ter um diário, que me faria ver cada momento bom de todos os dias.
Descobri que a Depressão é aterrorizante no começo, mas não é um monstro de sete cabeças e basta muita força de vontade para melhorar. Acho que não foram nem os choros sem motivo e as dores no peito que me assustaram e sim a incapacidade de sentir qualquer coisa. Poderia ser um momento de extrema felicidade ou de muita tristeza, eu simplesmente não sentia e isso me amedrontava, até o momento que passei a ter medo de tudo.
Outra coisa que quase me fez pirar foi perder a vontade de fazer qualquer coisa e principalmente de fazer as coisas que eu mais amava, como ler e sair. Eu, que lia um livro por semana, li nesse ano, que já está em abril, somente cinco livros e com muita dificuldade.
Vi o quão importante é o apoio das pessoas que me amam, me ajudando a me reerguer aos poucos, mesmo apesar das recaídas. Também, descobri, que algumas pessoas não vão saber lidar com essa situação, algumas vão fugir e outras, não sabendo como agir direito, vão agir de forma estranha, mas isso não quer dizer elas não te amem. Não me senti confortável em contar para todos sofre a doença, mas ter sempre alguém para quem eu possa ligar nos momentos de crise, aliviou muito meu coração. E foi por causa dessas pessoas que a doença não passou do nível leve e começou a sumir.
A Ioga me ajudou a aprender a comandar meu corpo e mente, ajudando nos momentos de crise.
A sensibilidade é uma consequência que provavelmente levarei para o resto da minha vida. Sons muito altos ou irritantes, cheiros ruins, imagens fortes me farão chorar, mas, vendo pelo lado bom, talvez, me torne uma artista melhor.
Não melhorei totalmente, ainda me sinto perdida durante oitenta por cento do meu tempo e têm dias que eu acordo já chorando, mas, já consigo me entender melhor e parar de chorar. E sei que daqui a pouco, se Deus quiser, tudo vai melhorar.
Fafá ;*


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Frankstein


Eu sou eu. Mas, ao mesmo tempo não sou.
Eu sou eu. Mas, sou também outras pessoas. Sou a junção de todas as pessoas que conheci e de todas as pessoas que toquei.
Eu sou eu. Mas, sou também outras experiências. Sou a junção de todas as experiências que vivi e as que não vivi também.
Eu sou eu. Mas, sou também outras coisas. Sou a junção de todas as coisas que quebrei e que construí.
Fafá ;*