quinta-feira, 26 de junho de 2014

Olhos de sonho


Sonhar é algo arriscado, mas vale a pena. Eu sonho em conseguir contar as minhas histórias e fazer com que elas inspirem um grande número de pessoas, tanto faz se for por imagens ou palavras, também não importa se for através de uma tela ou de uma conversa de escritório, o que importa é se conseguir tocá-las. O mundo nos faz crescer, só que a maioria das pessoas cresce perdendo o brilho dos olhos e o calor no coração, então não faria mal devolver isso à elas, mostrar que o mundo não perdeu aquela beleza que ele tinha quando o viam com "olhos de criança".
Muitos botam culpa na vida, nos deveres, no mundo, no destino, nas pessoas, eu espero que nada disso mude a minha inocência e meu olhar romântico sobre tudo, que eu não perca a criança dentro de mim que via fadas e dragões voarem no céu. Não tampo meus olhos para a realidade, sei tudo o que está acontecendo lá fora, só tento vê-la de um jeito que não me faça ter medo de sair de casa todo dia ou vontade de ficar na cama para o resto da minha vida. Então sonho com as coisas boas, em como tudo pode mudar, em tudo o que quero, assim consigo ver o mundo como um lugar melhor e tenho forças para viver feliz e fazer os outros felizes.
Fafá ;*


segunda-feira, 23 de junho de 2014

É estranho como você se sente feliz ao ir para um lugar todo dia, mas aí, com o tempo, por causa de alguma coisa, você vai perdendo essa felicidade diária sem perceber e quando para para pensar vê que não há ninguém naquela sala que te faça pensar "Ainda bem que ela chegou, agora a gente pode conversar e botar os assuntos em dia". Todos eles são estranhos que parecem dividir coisas contigo, mas no final só deram informações vazias.
Vai ver é uma método de defesa.
Vai ver sou eu que sou aberta demais com as pessoas e devia utilizar isso como meu método de defesa.
Fafá ;*

terça-feira, 10 de junho de 2014

Heart Bird



Um passarinho pousou no meu coração. Ele era pequenino e uma mistura de tons de marrom, estava agitado tentando sair e não parava de bater incessantemente suas asinhas. Era a primeira vez que eu tinha um passarinho em meu peito, não sabia o que fazer. No começo fiquei desesperada como ele, porém quando tentei tirá-lo dali, ele começou a me bicar e a dor não era nada agradável. Parei. Ele também parou. Nós nos olhamos. Comecei a acariciá-lo, ele acalmou, fechou os olhos e dormiu. Dormi também.
No dia seguinte, acordei com ele cantando, quando abri os olhos, ele parou e inclinou um pouco a cabeça para o lado. Coloquei a mão em meu peito e novamente tentei tirá-lo, mas não adiantou, ele ainda estava preso ali. Me troquei e fui para a faculdade, ninguém percebeu o passarinho ali, mas ele reagia de modo diferente a cada pessoa que eu conversava, as vezes cantava, as vezes piava, voava, bicava ou ficava quieto só observando. 
Já havia passado um mês que estávamos nessa situação e acabamos nos acostumando, um estava preso ao outro, mas nós nos sentíamos felizes. Enquanto voltava da faculdade, tropecei e, repentinamente, ele saiu voando para fora de mim. Fiquei só olhando ele ir embora e o aperto no peito foi maior do que quando ele estava ali. Levantei-me e continuei a andar, cabisbaixa, mas ele voltou e pousou novamente no meu coração.
Fafá ;*

A volta da minha inspiração


Eu gostei do seu nariz. Quem é que gosta do seu nariz? Até você mesmo estranhou! E aguentei essa sua mania de viajar com qualquer assunto iniciado, mesmo quando todo mundo realmente queria botar fogo em você para ver se realizava o seu sonho de "morrer queimado e virar cinzas naquele instante". Ouvi seus pensamentos e opiniões sobre as coisas do mundo com o coração e a mente abertos, atentamente, discutindo cada detalhe que eu conseguisse entender. Forcei até o fundo, te fazendo até chorar, só para ver o que tinha de errado. Nunca reclamei dos seus dedos tortos e calejados passeando em meu rosto e minhas mãos ou de quando você cantava com a sua voz arranhada. Descobri cada detalhe quase imperceptível em ti, como a mancha branca no seu incisivo, a pinta no seu anelar e a sua mania de fechar os olhos e enrugar o nariz que tanto me encanta quando sorri. Faz tanto tempo que você não sorri...
Agora você me trocou, esqueceu. Cadê aquela preocupação que você tinha? Aquelas vezes que me salvou? Se faz presente, mas me faz ausente, invisível. Assim como todos, me viciou nas conversas diárias e me iludiu com o que eu acreditava ser uma amizade, mas se foi, como se eu nunca estivesse estado ali. E foi de repente, sem motivo algum, de uma hora para hora. Fala com todos, menos comigo.  
Então, faz assim, vá à merda! 
Mas não me esquece... 
Fafá ;*