quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Arco-íris

É hoje, vestindo somente uma camiseta preta com a frase de uma famosa música do Queens e com os cabelos bem cacheados, que me sinto mais bonita.
É hoje, com o céu cinza e a chuva caindo, que, mesmo amando os dias ensolarados, me sinto feliz.
O equilíbrio entre a verdade do meu eu e a verdade dos céus é que me leva para um lugarzinho em que me sinto confortável e energizada para fazer o que eu puder e quiser.
De manhã escrevi que atrás daquelas árvores nasce um Sol pronto para me devorar. E ele come, sem culpa nenhuma, cada uma das minhas vinte e quatro horas deste dia indefinido. Mas, não me engole, ele me cospe para que o próximo Sol também me devore e assim continue o ciclo. Ás vezes eles me devoram com limão, outras vezes é com mel, porém, na maioria das vezes, misturam os dois fazendo uma mistura doce e azeda.
Mas, á tarde, digo que a chuva lava a minha alma tirando todo o passado desnecessário e trazendo consigo todas as novidades de um bom futuro, me deixando leve para flutuar para onde for preciso. Seu cheiro, seu som e seu gosto me acalmam e me ajudam a respirar novamente tudo o que não consegui respirar nesses últimos três meses, finalmente me fazendo sorrir sem peso ou dor.
Escrevendo esse texto eu percebo que sou um arco-íris, a junção de toda chuva e todo Sol, a mistura da força e da calma, do calor extremo e de seu esfriamento. É a partir de hoje que sou uma força da natureza.
Fabi