sexta-feira, 8 de abril de 2011


Quando eu tinha 4 anos:
A minha mãe era a mulher mais linda e perfeita do mundo; ela era a minha rainha.
Meu pai era O Homem, não tinha um defeito.
Meus únicos problemas eram os joelhos ralados.
Eu tinha um melhor amigo e ninguém achava isso estranho ou ficava inventando coisas.
Eu chorava quando meus pais discutiam sobre qualquer coisa.
As pessoas não me julgavam quando eu chorava, gritava, dançava, falava o que vinha em mente e não implicavam com o que eu vestia, nem se fosse minha fantasia de fada.
Os contos de fada eram a minha realidade.

10 anos depois:
Vejo que todos, até meus pais, são pessoas imperfeitas e cheia de defeitos. Os amo demais, mas o modo como os vejo é diferente.
Tenho um coração que dói de vez em quando e quem o machucou foi bem aquele melhor amigo de 10 anos atrás.
Não posso ter um amigo e nem fazer besteiras com ele, porque eu estaria namorando ele.
Me sinto muito mais feliz com os meus pais separados e sem aquela guerra que era minha casa.
Tudo o que visto, falo, canto, grito, choro, é julgado e analisado. 
Se combino uma bota verde com minha blusa vermelha e meu batom laranja, ou, se uso um vestido verde limão, sou estranha.
Mas uma coisa continua a mesma: os contos de fada são as coisas em qual acredito. E ainda espero meu príncipe.
Fafá ;*


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